Inhotim: Arte e Natureza de mãos dadas!

Considerado um dos maiores espaços de Arte contemporânea a céu aberto do mundo, o Instituto Inhotim atrai turistas de todo lugar. As obras estão espalhadas numa área gigantesca repleta de natureza e muito verde. Em meio ao trajeto para visitação das intervenções e galerias, o visitante encontra lagos, pontes e jardins temáticos. É realmente uma experiência única!

Pertinho de Beagá

Fica a 60Km da capital de Belo Horizonte (1h15 de viagem). Em Inhotim você pode fazer todo o trajeto caminhando ou utilizando os carrinhos (tipo os do Projac dá Tv Globo) disponíveis para otimizar o tempo e que são pagos à parte (R$ 40 p/ pessoa). Lá existem várias estações de embarque e desembarque, você aguarda o carrinho passar e vai seguindo seu roteiro com mapinha na mão.

Troca-Troca

Esse é o título da obra de Jarbas Lopes, composta por três fuscas coloridos, originalmente amarelo, azul e vermelho, que tiveram suas latarias trocadas, resultando em três carros multicoloridos. Eles foram usados em 2002, pelo artista e um grupo de amigos, em uma viagem do Rio de Janeiro à Curitiba. A comunicação entre os carros era feita por meio de um sistema de som interligado. Em 2007, após o restauro, os carros novamente ganharam a estrada, dessa vez de Belo Horizonte a Brumadinho, depois de percorrer as comunidades do entorno.

Área

Se você tiver tempo e disposição vale a pena fazer tudo a pé, pra isso o ideal são três dias, sim como falei antes o local é gigantesco. Pra você ter uma ideia são 144 hectares, 24 galerias e 7 jardins temáticos. É muita coisa pra ver e se você é daqueles que gosta de conhecer a obra com mais profundidade então reserve no mínimo dois dias pra circular por lá. Pernas pra que te quero? Pra ver tudo que Inhotim oferece porque é simplesmente imperdível!

Performance

Esta intervenção é a recriação de uma obra realizada originalmente em 1984 no Art Park, um parque de esculturas no Estado de Nova York. A ação foi bem performática, pra você ter uma ideia, durante 12 horas um guindaste de 45 metros de altura lançou em uma poça de cimento fresco as 71 vigas de ferro que compõem a obra. Na posição que caíram estão até hoje.

Movimento

Engana-se quem pensa que por já ter ido a Inhotim não precisa mais voltar. Pra terem uma ideia, esta é minha quinta vez no local. E cada vez que vou tem diversas novas obras expostas, sem falar que na Arte a gente muda a percepção de como a vemos com o passar do tempo então vale e muito também revisitar os espaços.

Luzes

A última galeria criada por lá é dedicada a Yayoi Kusama, uma das mais renomadas e emblemáticas artistas da atualidade. São duas obras: I’m Here, but nothing e Aftermath of Obliteration of Eternity. Ambas permitem a transformação de um espaço escuro em experiência sensorial. Se numa sala, temos um espaço contemplativo do universo infinito por meio de luzes todo nosso redor, na outra temos um ambiente de uma casa tomado por pequenas luzes que nos fazem perceber algo psicodélico e misterioso num ambiente comum do dia a dia que é uma sala com sofá, Tv e outros objetos.

Para essas duas experiências o tempo é limitado em 1 e 2 minutos. E no local da fila de espera nem precisa ter tanta pressa assim: há um jardim tropical multicolorido onde foram plantadas mais de 4 mil bromélias embaixo de uma coberta com desenhos geométricos. Espaço super aconchegante.

Bolas Metálicas

A história dessa intervenção artística em Inhotim é bem curiosa! Trata-se de uma versão da escultura-chave de Yayoi Kusama originalmente apresentada em 1966 para uma participação extraoficial da artista na 33ª Bienal de Veneza. Na ocasião, Kusama instalou, clandestinamente, sobre um gramado em meio aos pavilhões, 1.500 bolas espelhadas que eram vendidas aos passantes por US$ 2 cada.

Ousadia

A placa instalada entre as esferas dizia “Seu narcisismo à venda”. Era uma forma de ironicamente criticar o sistema da arte e seus sistemas de repetição e mercantilização. A intervenção levou à retirada de Kusama da Bienal, onde ela só retornou representando o Japão oficialmente em 1993.

Na versão de Inhotim, são 500 esferas de aço inoxidável que flutuam sobre o espelho d’água. Criam formas que se movimentam de acordo com o vento e outros fatores externos. Refletem a paisagem de céu, água e vegetação, além do próprio espectador, criando, nas palavras da artista, “um tapete cinético”.

Paredes vivas

Uma das galerias mais bacanas é a que expõe obras da artista plástica Adriana Varejão. Do lado de fora já temos um ambiente lindíssimo com espelhos d’água e concretos lineares (uma caixa de concreto suspensa) e lá dentro obras impactantes, como as colunas com órgãos cheios de sangue que demonstram vitalidade por trás das paredes e azulejos.

Reflexão

Tem ainda painéis gigantes de cor viva com pinturas e instalações que questionam as relações sociais construídas em um passado colonial. No topo do prédio, bancos com pinturas de pássaros e estando ao ar livre os bancos se completam em harmonia com a natureza em volta. Vale a pena sentar, relaxar e ouvir o canto dos pássaros.

Árvore Suspensa

Olha que incrível essa intervenção: conhecida como Árvore Suspensa, trata-se de uma árvore de bronze que pesa 4 toneladas. É similar a uma castanheira de 150 anos e em volta da peça foram plantadas 5 árvores reais que ao crescerem irão suspender a árvore de bronze. Pelo menos é o que espera-se. Você consegue passar por debaixo do tronco suspenso e tem uma visão bem curiosa dessa “invenção”.

Tudo Vermelho

Você viveria numa casa onde literalmente tudo tem a mesma cor? Nesse caso, o vermelho? O título da obra de Cildo Meireles faz referência ao fenômeno Físico “desvio para o vermelho”, um caso particular do Efeito Doppler que indica a cor vermelha como frequência de ondas de luz percebida pelo observador quando os corpos celestes se afastam. Dividido em três ambientes articulados, o primeiro deles é a Impregnação que reúne uma coleção de móveis, objetos e obras de arte em tons de vermelho, numa sala de casa.

Monocromático

Uma saturação enorme monocromática. Depois, temos o ambiente chamado de Entorno, onde observamos uma pequena garrafa caída no chão, cujo líquido vermelho derramado produz uma grande mancha no espaço. Este caminho do líquido nos leva a uma sala totalmente escura que é a Desvio, onde somos guiados pelo som de água corrente. Até que enxergamos uma pia deslocada, por onde sai uma água vermelha (como se fosse sangue) que cria a sonoridade do ambiente. É super interessante esta intervenção. Na nossa imaginação de visitante vem inclusive uma sensação cinematográfica… de suspende / terror claro!

Entrada

A entrada para visitar Inhotim custa R$ 60 (inteira); criança até 5 anos não paga. De Graça: toda quarta e também em todo último domingo de cada mês o acesso é livre. O que levar: garrafinha d’água (lá tem bebedouros onde você pode encher), repelente, boné e óculos de sol e protetor solar. O local dispõe de tomadas para carregar celular nas trilhas entre as intervenções, lojinha de souvenirs, além de restaurantes e cafés.

Há também opção de alugar o carrinho que circula pelo trajeto de Inhotim com exclusividade, ideal pra grupos ou família. O de 5 pessoas custa R$ 900 por período de 3 horas; já o de 7 lugares custa R$ 1.250 pelo mesmo período. Os condutores são bem prestativos e dizem onde descer e por onde ir até os locais desejados.

ô Trem Bão

É isso pessoal, nesta reportagem falamos apenas de Inhotim, um dos tesouros de Minas Gerais, mas o estado é muito rico em beleza natural, história, gastronomia. Não deixe de visitar a capital Beagá, que também tem lindos atrativos como a Praça da Liberdade cercada de museus e edifícios históricos. Ah, aproveita e se inscreve no nosso canal do Youtube porque vai ter programa novin sobre Inhotim! É só clicar AQUI!


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