
A gente começa contando uma novidade massa! Agora ficou mais “perto” viajar pra Porto, em Portugal. As cidades de Campinas (SP) e de Recife (PE) passaram a ter recentemente voos diretos até lá por meio da Azul Linhas Aéreas. Saindo da capital pernambucana a viagem dura cerca de 7h e de Campinas o viajante leva cerca de 10h. Por isso, a gente preparou um roteiro imperdível de 7 dias por Porto e Norte de Portugal, vamos nessa?
Dia 01 – Mercado de Matosinhos

Chegando em Porto, a gente já seguiu direto do aeroporto para a Mercado de Matosinhos, na cidade de mesmo nome que fica a 13Km. Faz parte do distrito do Porto e está na região metropolitana. O local já foi bairro e depois virou cidade independente.
Arquitetura

Tradicionalmente, Matosinhos se desenvolveu por meio da Pesca e da Produção de Sal. É um dos mais importantes portos do país. Construído em 1952, o mercado é muito frequentado pela comunidade local e está começando a ser descoberto pelos turistas. Chamam atenção a arquitetura, os painéis cerâmicos e os produtos vendidos ali. De flores, passando por queijos, a peixes frescos. Tem também lojas e restaurantes bem bacanas, do jeitinho que o turista adora.
Fresquinho, fresquinho…

E olha que bacana: você pode escolher nos boxes os produtos fresquinhos como peixe, lula, polvo, camarão, e eles são preparados no restaurante. O cliente pode pagar tanto no próprio boxe quanto no restaurante, o preço do produto será igual. No restaurante tem apenas o acréscimo do preparo e dos acompanhamentos. É uma experiência bem gostosa!
Bistrô Vila Foz

Almoçamos no Bistrô Vila Foz, ambiente super agradável com opção de mesas na área externa e interna, comida saborosa e atendimento cheio de gentileza. Tem apenas 1 ano de funcionamento, capacidade para 50 pessoas e o carro chefe da casa é o peixe grelhado. A gente foi nele e super indicamos, fica a dica! A cozinha trabalha com foco na culinária tradicional baseada em peixe e marisco da costa portuguesa.
Cardápio

Pra começar, tem couvert da casa, sopa de legumes, bolinho de bacalhau, tártaro de atum, carpaccio de polvo com molho pesto, etc. Dos principais, além do peixe que destacamos acima vale a pena provar moqueca de camarão com arroz branco, lombo de bacalhau grelhado com batatas, ou ainda carne se preferir. Tem bife do lombo à Portuguesa ou rosbife com batata fósforo; e pra adoçar a vida que tal leite creme queimado, natas do céu, gelatos artesanais ou ainda bolo do dia? Provamos algumas dessas delícias e tudo era de comer re-zan-do!

Reconhecimento
O Bistrô Vila Foz é reconhecido pelo Guia Michelin 2025, apresenta pratos assinados pelo chef Arnaldo Azevedo, que chegam à mesa super bem elaborados, além de saborosíssimos. Funciona às segundas (7h às 14h); às terças, quartas e quintas (das 6h30 às 18h); e às sextas e sábados (das 10h às 22h30h).
Praia do Titan

Fica na Freguesia de Matosinhos do Sul, sendo facilmente acessada por transporte público. Tem um calçadão enorme e com opções de bares e restaurantes na redondeza. Pra quem gosta de caminhar, ótima opção pro final de tarde. E pra quem quiser tomar banho de mar, a água é fria mas bem calma, ideal pra quem estiver com crianças. Ao longo da orla, temos também monumentos que valem boas fotos.
Livraria Lello

A Livraria Lello é simplesmente imperdível! Se você gosta de livros, aí que não pode perder mesmo. Está entre as livrarias mais bonitas do mundo segundo a revista Time e o jornal The Guardian. Os primeiros donos da livraria foram da família Chardron, em seguida ela pertenceu à família Lello, que fez questão de preservar o edifício inclusive com nome da família antecessora na fachada.
Harry Potter

Trata-se de um celeiro de história, que dá dinamismo cultural à cidade e que tá sempre na boca do povo. A boataria inclusive rolou solta: disseram que a autora da série Harry Potter foi vista por lá escrevendo seus textos. Outros costumam dizer que a escadaria da livraria inspirou a série. Fato é que os boatos serviram pra Lello ganhar fama e receber cada dia mais visitantes, a ponto da fila da entrada ser um termômetro para medir como anda o Turismo local.
Fama

Só que o povo ia, fazia fotos e não comprava um livro! Vale lembrar que trata-se de uma livraria e que ela precisa vender livros pra se sustentar. Foi então que, em 2015, a atual administração resolveu criar os tíquetes vouchers, em que o valor da entrada é totalmente convertido para compra de livros, o que tem agradado ao público que deseja conhecê-la internamente.
A verdade…
A autora do Harry Potter, J. k. Rowling, viveu em Porto por alguns anos e lançou o livro Harry Potter e a Pedra Filosofal (1997) quando voltou pra Londres, teria sido este o livro inspirado na livraria Lello. Ela já desmentiu o boato. Disse que nunca entrou na livraria mas espera em breve conhecê-la.
Estrutura

A livraria (1906) tem estilo neogótico. Surpreende saber que sua estrutura é toda de gesso pintado com tinta que imita madeira e, pasmem, até a escadaria não é o que parece. É feita de cimento e pintada em cor amadeirada. As falhas “da madeira” na pintura foram feitas com uso do rabo do bacalhau.
Acervo
Seu acervo (livraria + depósito) conta com cerca de 60 mil livros de diferentes épocas e idiomas: Inglês, francês, espanhol, italiano, alemão e árabe. O ingresso mais caro custa 50 euros e dá direito a visitar o subsolo chamado Sala Gema, que fica no subsolo da livraria.

Livros Raros
Lá estão os livros raros e de maior valor. O piso todo marcado com traços reflete o peso do acervo por décadas. Lá estão: a Primeira Edição de Pinóquio (1883), O Pequeno Príncipe e A Feiticeira (1900). A Primeira Edição de Harry Potter (1997) foi comprada pela livraria, em 2015, por nada menos que 50 mil dólares.

Bilhetes
Existem diversos tipos de bilhetes: visita livre (10 euros), o chamado ticket silver (valor descontável na compra de qualquer livro); ticket gold, inclui um livro da edição Livraria Lello – The Collection ou The Pop Collection (15,95 euros); ticket platina (valor revertido em compras de livros, entrada prioritária e com acesso à Sala Gema acompanhado de guia (50 euros). Funciona todos os dias das 9h às 19h30.

Mind The Glass
Imagine um restaurante com ambiente lindo e num requinte só; agora pense numa comida mais que saborosa e por fim adicione um atendimento cheio de gentileza e conhecimento dos produtos servidos. Bem vindo, você chegou ao Mind The Glass, que combina bistrô e wine bar, oferecendo aos visitantes uma experiência gastronômica única em Porto.

Requinte
A equipe dedicada convida os clientes a explorarem um menu bem diversificado, onde a criatividade e a paixão pelas Artes culinárias se refletem em cada prato. Possui carta de vinhos cuidadosamente selecionada e qualquer um deles vai combinar e muito com o ambiente intimista do restaurante.

Experiência
Como falei acima, lá é uma experiência, que vai muito além do “parei pra comer e beber”. Os atendentes apresentam por meio de um grande mapa mesa por mesa de onde vem o vinho a ser servido e um breve relato de suas características.

Menu
Para entrada, couvert, creme de legumes, camarão salteado ao alho (provamos este e é ma-ra-vi-lho-so!) burrata, entre outros. A casa serve risotto de cogumelo, folhado de frango do campo, pernil a baixa temperatura, pipapau de vitela, bacalhau e muito mais! E de sobremesa, brownie de chocolate e pistáchios, creme brulée de baunilha, bolo gelado, entre outras opções.

Funciona de terça à quinta, das 18h à meia-noite; às sextas, das 18h às 02h; aos sábados, das 16h às 02h. Fecha aos domingos e segundas-feiras. Tem música ao vivo, fique por dentro da programação indo no perfil do Instagram do Mind The Glass.
Dia 02 – Centro Histórico

Começamos o dia batendo perna no centro do Porto. Dá pra fazer tudo a pé se você tiver disposição. Visitamos por fora a Catedral da cidade, cujas torres são do século XII. Ela está localizada no ponto mais alto de Porto. Depois seguimos até a Estação de Trem São Bento que era o antigo Convento São Bento de Aleluia. Lá estão painéis lindíssimos de azulejo. Partem trens para diversas cidades como Braga, Guimarães, Aveiro etc.

Torre
A Torre dos Clérigos é outro atrativo imperdível. Tem 250 degraus, 75m de altura, datada de 1763. Originalmente tinha um carrilhão com 60 sinos mas hoje restam poucos, muitos quebraram, foram doados ou levados para exposições. O bilhete da direito a entrar também no museu e custa 10 euros. Para a igreja o acesso é gratuito.

Café Imperial
Passamos pelo antigo Café Imperial onde desde 1992 funciona uma Macdonald, mantendo as características originais do prédio. O centro é pra gente circular sem pressa, descobrir cafés, boutiques, lojas de souvenirs, monumentos, sem esquecer dos atrativos que estão do outro lado da ponte, em Vila Nova de Gaia. Por isso, a gente sugere que você reserve pelo menos 4 noites pra Porto e Vila Nova.

Mais Antiga
Entre tantos becos e ruas estreitas, encontramos uma que é especial. A mais antiga da cidade a que se tem notícia. As casas foram construídas com pedras, muitas delas são pedras de montanha. E as portas são bem baixas porque àquela época a estatura dos portugueses era menor.

Azulejos x Poder
Outra curiosidade é a Rua Mouzinho da Silveira, entre as freguesias da Sé e São Nicolau. Ela era conhecida no século XIX como sendo a rua dos ricos. Os endinheirados moravam em casas aqui cobertas de azulejos e quanto mais numerosos e mais trabalhados eles eram, maior era a demonstração de riqueza do proprietário.

Influência
Outro fato curioso é que muitas casas das ruas na área central foram construídas com tetos preparados para receber neve. Só que não neva em Porto. Isso retrata a influência francesa na época da construção desses edifícios, lá pela década de 1920.

Tours
Lembre-se de que essas duas cidades oferecem tours de barco, bondinho, tuktuk, teleférico e até helicóptero. O de barco é o mais procurado pelos visitantes. É o cruzeiro das 6 pontes, que em sua maioria são feitos por barcos rabelos de madeira. A embarcação passa por baixo da Ponte D.Luís I; Ponte do Infante; Ponte D.Maria Pia; Ponte de S.João; Ponte do Freixo; e Ponte da Arrábida. Este tour custa entre 15 e 20 euros e dura cerca de 50 min.
Teleférico

Já o trajeto do teleférico de Gaia dura 5 min; estende-se por 600m e custa cerca de 7 euros (adulto). Funciona de 01/jan a 23/mar de seg a dom, das 10h às 18h; 24/mar a 25/abr de seg a dom, das 10h às 19h; 26/abr a 24/set seg a dom, das 10h às 20h; 25/set a 24/out seg a dom, das 10h às 19h e de 25/out a 31/dez seg a dom, das 10h às 18h.
Cais
No cais de Gaia, muitos bares, restaurantes, feirinha de artesanato e mercado (com boxes de diversos restaurantes funcionando como um complexo gastronômico). É uma área daquele jeitinho que o turista adora! E o melhor, à beira do rio Douro e com vista linda para a cidade do Porto.

Porto também tem agito noturno, se você der um giro pelas ruas centrais com certeza encontrará uma baladinha no seu perfil, normalmente elas funcionam até às 2h da madrugada. É tranquilo caminhar pela cidade mesmo tarde da noite. E não deixe de prestar atenção nos monumentos à noite, que ganham um romantismo a mais devido à iluminação das pontes, igrejas e monumentos.
Graham´s

Construída em 1890, a Graham´s Lodge, em Vila Nova de Gaia, está na Foz do Douro, perto do Oceano Atlântico. O clima marítimo é ideal para o envelhecimento equilibrado dos Portos da Graham´s. O salão principal do Vinum está no centro de uma magnífica cave de vinho do século XIX. As históricas vigas de pinho, apoiadas por pilares de ferro fundido, datam todas de 1890, ano original de construção. As robustas paredes de granito da cave abrigam atualmente mais de 3,5 mil cascos de vinho do Porto, bem como a adega única dedicada aos Vintage.

São 7 milhões de vinhos armazenados, o mais antigo deles de 1882. A marca exporta para Europa e EUA. A cave tem temperatura natural, controla-se apenas a umidade. Olha que curioso o início de tudo: os irmãos Graham’s viviam da indústria têxtil e um cliente não tinha dinheiro para quitar sua dívida, então sugeriu pagar em vinhos. Desde então, os irmãos escoceses se apaixonaram pelo vinho do Porto e resolveram empreender. Todo vinho produzido aqui é aprovado e recebe selo de qualidade do Instituto do Vinho do Porto, desde década de 30.

O casco de envelhecimento mais antigo tem 450 anos e o vinho custa em média 16.500 euros (datado de 1882). Na loja, ao final da visita, encontramos um garrafão de vinho por 18.500 euros. Vai encarar? Aberta ao público desde 1993, recebe mais de 50 mil visitantes por ano. É sem dúvida um dos destinos favoritos dos apreciadores da bebida, onde pode-se conhecer todo seu processo e, claro, fazer a degustação. Não deixe de ir ao restaurante Vinum, que fica no mesmo local.
Vinum

O Vinum Restaurante e Wine Bar é o resultado da história de duas famílias e duas paixões que se uniram para criar um espaço único. Os Symington são de uma família de origem britânica, produtores de vinho do Porto e do Douro, que há mais de 130 anos vivem o mundo do vinho. Os Sagardi são o grupo de restauração Basco há mais de 20 anos e que hoje se espalhou em vários pontos do mundo, em mais de 30 restaurantes, algo possível somente pelo rigor e reputação baseada na excelência do produto e cozinha de elevada qualidade.
Qualidade

Tem proposta gastrô de alta qualidade, que traz à mesa o melhor das tradições do Douro e região. Sem falar que o ambiente é lindo. Do salão ou do terraço, podemos admirar o rio D’ouro, a Ponte Luís I e o casario histórico. O menu traz clássicos como Alheira de Mirandela; Peixe do Mercado de Matosinhos; e a exclusiva carne de vaca velha de Trás-os-Montes.
Menu
Das opções de entrada, a casa oferece ostras da Ria Formosa ao natural, sopa de abóbora com frutos secos, saladas, etc. De principal, claro que não podia faltar o bacalhau, tem ainda atum de Açores, pescada grelhada, peixes também na brasa. Das carnes, bife tártaro, moelas de vitela, leitão crocante confitado, etc.

E de sobremesa, seleção de queijos regionais, tarte fina de maçã, pudim abade de Priscos, bolo de chocolate e muitas outras delícias. Funciona de segunda a domingo (almoço, das 12h15 às 15h e jantar das 18h às 22h).
WOW

E depois de um almoço delicioso, acompanhado de um bom vinho, que tal conhecer mais dessa bebida tão presente nos quatro cantos do país? O WOW é incrível! Não dá você ir em Porto e deixar essa programação de lado. O World of Wine é um complexo cultural com nada menos que 7 museus, 12 restaurantes, uma escola de vinhos e várias exposições.
Moderno

É o que há de mais novo e moderno na cidade de Vila Nova de Gaia, juntinho de Porto. O WOW compila a história, a magia e as emoções por trás do vinho português, desde o ritual da degustação até a indústria da cortiça. Retrata a história da cidade do Porto e o melhor que se faz no norte de Portugal, apresentando as indústrias da região, como a têxtil, a moda e o chocolate.
Você pode tentar ver tudo num dia só (com o ingresso diário) mas pra isso precisa ter pique e ser bastante rápido. Também há opção de combinados em que você escolhe quais museus quer visitar, inclusive podendo acessá-los em dias diferentes.
Gigantesco

Inaugurado em 2020, ocupa diversos espaços entre ruas históricas, de um museu a outro pode ser necessário até atravessar a rua. Vale pesquisar sobre os temas que deseja visitar nos museus: The Wine Experience (mundo do vinho, desde a viticultura à enologia, com um foco especial nos vinhos do Porto); Planet Cork (dedicado à cortiça, explora a origem, produção e diversas aplicações, incluindo as rolhas de vinho); The Chocolate Story (mergulha no mundo do cacau e do chocolate, desde a sua origem à produção e consumo. Tem degustação).
Temáticos

Pink Palace (dedicado ao vinho rosé, com um enfoque especial na sua história e produção. É o mais instagramável dos espaços); The Bridge Collection (história dos copos e taças, desde as suas origens até aos seus usos e significados); Porto Region Across the Ages (história da região do Porto, desde a sua fundação até aos dias de hoje, incluindo a sua relação com o vinho); Porto Fashion & Fabric Museum (história da moda e dos têxteis no norte de Portugal, destacando a importância desta indústria para a região).
Convivência

Possui enorme área de convivência no torno dos restaurantes que é aberta ao público, inclusive costumam rolar uns festivais de música, cerveja etc. De lá, também se tem linda vista da cidade. Dá pra ir a Vila Nova de Gaia de metrô, ônibus ou a pé. Muita gente usa a Ponte D. Luís que é lindíssima para fazer a travessia.

T&C
Jantamos no restaurante que fica no complexo do WOW, o T&C. É um restaurante tradicional português conhecido por sua autenticidade na gastronomia. Oferece pratos clássicos como a icônica francesinha, preparada com molho de vinho do Porto. Se você conversa com qualquer pessoa local, já te perguntam se provou este típico prato.

Serve variações vegetarianas e de marisco. O ambiente é rústico e bem agradável. O cardápio é variado e tem opções como leite creme queimado, costela mendinha de vitelão, bacalhau com broa, moelas com molho de tomate, alcatra de vitelão, etc. Pra adoçar, pastel de nata, abade de Priscos, entre outras delícias.

Dia 03 – Douro
Foi a primeira região demarcada e regulamentada como vinícola do mundo, em 1756. As encostas do vale foram transformadas, através do trabalho de gerações, em forma de degraus para cultivo da uva utilizada na produção do famoso Vinho do Porto e espumantes. Desde 2021, é Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Vinhos
São 250 mil hectares que formam a região do Douro, sendo 44 mil hectares de vinha. E o número de viticultores chega a 22 mil. O cenário é realmente cinematográfico. Na visita às grandes quintas podemos conhecer todo o processo, desde o cultivo até o engarrafamento.

Tour de Barco
Além disso, temos ainda opção de passeio de barco pelo Rio Douro com vista privilegiadíssima dos vales, pontes, hotéis que funcionam margeando o Rio. É um pequeno cruzeiro, uma experiência única que permite descobrir a beleza natural e cultural desta região icônica de Portugal. Durante o percurso, é possível observar pequenas aldeias ribeirinhas.

O passeio sai da aldeia Pinhão. Cerca de 20 embarcações fazem tour diariamente pela manhã e à tarde. Custa cerca de 15 euros. Pra quem tiver oportunidade, se liga que também há opção de cruzeiro com estrutura similar a de um navio mesmo. Sai de Vila Nova de Gaia e cruza o Douro entre 5 e 7 noites.
Doc

Um lugar incrível pra almoçar na região é o restaurante DOC by Chef Rui Paula. Situado na estrada entre Régua e Pinhão, uma das mais belas rotas panorâmicas do país, destaca-se pela arquitetura contemporânea. O edifício assenta sobre estacas e prolonga-se num deck de madeira com uma vista deslumbrante sobre o rio Douro, proporcionando uma experiência gastronômica em perfeita harmonia com a paisagem.

Quinta Nossa Senhora do Carmo
Visitamos ainda a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo com prova de Vinhos. Situada no coração do Douro, é uma propriedade histórica do século XVIII, com 120 hectares dedicados à viticultura. Entre vinhas centenárias e encostas xistosas (tipo de rocha) alia tradição e inovação para produzir vinhos de grande qualidade. É possível conhecer os lagares de granito, adega histórica e túneis de envelhecimento.

É referência no enoturismo nacional. A Quinta recebe milhares de visitantes todos os anos num ambiente autêntico e fiel à alma do Douro. Tem ambientes lindos pra gente desfrutar de um excelente vinho e degustar de deliciosas tapas da região. Você pode fazer a visita guiada com provas de vinhos, no Patamar Wine Shop & Bar, com vista panorâmica. A visita dura cerca de 1h30 para grupos de até 25 pessoas com reserva antecipada.

De abril a outubro, os horários são: 10h45, 12h15, 15h30 e 17h30; de novembro a março, às 10h45, 12h15 e 15h30. A prova Douro Clássica com visita guiada custa 36 euros; a prova Dois Terroirs com visita guiada sai por 42 euros; a prova Douro Reserva com visita guiada custa 70 euros e a prova Douro Icon com visita guiada sai por 150 euros.
Dia 04 – Vilarejo Marialva

Depois de dormimos nas famosas Casas de Coro Marialva, percorremos os arredores do hotel para conheceremos o Castelo Marialva, na vila de mesmo nome, nas proximidades da cidade Mêda, área de Foz Côa. Trata-se de uma aldeia histórica com ruas de pedra. Um vilarejo com menos de 200 habitantes, que nos faz parecer que voltamos no tempo.
Histórico

Lembro que toda estrutura que há neste lugar antecede o século XII. Bem junto ao hotel, está o castelo Marialva, que é aberto à visitação e custa 1,50 euro. A entrada é gratuita domingos e feriados. Por perto temos alguns restaurantes e lojas de souvenirs.

No castelo, é possível observar muralhas e ruínas. Bem no centro dele está uma área chamada Pelourinho, onde eram tomadas as decisões políticas à época. Lá também aconteciam as punições à vista de todos. Em volta, temos ruínas das construções que seriam o tribunal, a câmara e o presídio.

Lenda
Reza a lenda que Marialva era uma bela donzela que conheceu um nobre rapaz. Ele teria se apaixonado por ela e quis lhe presentear com sapatos mas não sabia o tamanho de seus pés. O sapateiro então colocou farinha entre os lençóis dá cama de Marialva para que ela ao pisar no chão deixasse as marcas de seus pés. Fez-se o sapato e descobriu-se que ela tinha pés pequenos como os de cabra. Ao receber o presente, a donzela percebeu que seu segredo havia sido revelado. Então, se jogou dá torre do castelo que leva seu nome.
Taboadella
Distante 74Km, chegamos então à fantástica Quinta da Taboadella, composta pela Casa Villae (datada de 1255), da Wine House e da Adega, uma das mais emblemáticas obras de arquitetura da região, assinada pelo arquiteto Carlos Castanheira.

A Adega é ampla, tem design bem arrojado e funcional. O ambiente aposta na sustentabilidade e na ligação com a Natureza em volta. Rodeada por 41 hectares de vinha, que podem ser vistos a partir da varanda da adega, destaca-se por ter um passadiço sobre a sala de barricas, construído com madeira reciclada de florestas do Centro de Portugal.

As castas mais antigas foram plantadas há 50 anos e constituem a base dos vinhos Taboadella. São os micro-terroris desta região de solos graníticos, onde a vinha tradicional não é regada, que dão esplendor aos seus vinhos. Tudo isso torna a experiência única. As provas de vinho acontecem na Wine House.
Casa Villae
Já a Casa Villae refere-se ao ano em que foram encontrados os primeiros registos da Taboadella. A Quinta foi adquirida em 1998 pela família Amorim, que, depois do Douro e do Alentejo, estendeu o negócio dos vinhos à Região do Dão. Aqui já se fazia vinho no século I, o que se prova num antigo lagar romano (instalação utilizada para processamento de uvas) situado num rochedo.

A Casa Villae tem oito quartos, com capacidade total para 19 pessoas, além de salas, uma ampla cozinha toda equipada e uma adega. A locação acontece por todo o espaço independente da quantidade de pessoas. Custa 3.500 euros por 2 noites. Também há área para eventos de até 40 pessoas. A visita com provas de vinhos custa 27 euros.
Santar

Santar Villa Jardim: visitar essa propriedade é como voltar no tempo! E olha que bacana, a família (que está na 16ª geração ainda mora lá, no piso superior que não é aberto para visita). O restante funciona como uma espécie de museu. O lindo Casarão é do final do século XVI. Iniciou com a família Paes do Amaral mas o sobrenome foi mudando ao longo do tempo. Atualmente pertence aos Melo Vasconcelos e Sousa.
Casa-Museu

A visita no local começou em 2013. Não é permitido fazer imagens no interior da casa. Depois de percorrer os espaços com exposições de roupas, fotos, objetos de casa e até carroagens, visitamos os 5 jardins interligados por pontes que são pertencentes a 4 famílias diferentes. A Capela da propriedade é do final do Sec XVI.
Jardins e Vinhos

São os jardins vinhateiros da Casa dos Condes de Santar e Magalhães, Casa Ibérico Nogueira, Casa das Fidalgas – hoje Hotel Valverde Santar, Solar de Nossa Senhora da Piedade e Casa da Magnólia. Lá também são produzidos vinhos, numa área de 4 hectares. Os jardins são belíssimos e ao longo do trajeto vamos conhecendo mais das famílias que viveram ali, seus costumes e o que era cada lugar originalmente.

No verão, a casa está aberta pra visitação todos os dias (10h30 / 15h) de novembro a maio. No inverno, fecha aos domingos. Custa 20 euros (jardim); 30 euros (casa + jardim); e acrescenta-se 15 euros com prova de vinhos. Ah, tem ainda a experiência Jardim Gourmet (degustação de produtos regionais, vegetais e frutas das hortas, além da visita à casa e jardins, por 120 euros. A Vila de Santar tem cerca de mil habitantes.
Dia 05 – Viseu

No coração da região do Dão, está a cidade de Viseu, com cerca de 100 mil habitantes. Um lugar com mais de 2.500 anos de história. Os povos lusitanos foram os primeiros a chegarem aqui. O que chama atenção são os jardins e seu rico patrimônio histórico e cultural. Viseu foi eleita três vezes como a melhor cidade para viver em Portugal e, desde 1935, exibe a designação de “cidade-jardim”.
Museu Grão Vaso

Comece visitando o Museu Grão Vasco. O local já foi Seminário, Colégio, Serviços Públicos até se tornar museu no início do século XX. Grão Vasco foi pintor, um dos maiores ícones renascentistas. Algumas obras datadas do século XVIII estão avaliadas em 2 milhões de euros. E pasmem: chegaram a ser usadas à época como caixas para transporte de vinho.
Peças Raras

Pertencem ao Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa. Uma delas é a única obra da exposição assinada por Vasco (exigência por ter sido encomendada). Ao todo são mais de 200 obras, sendo 25 identificadas como Tesouro Nacional (raras e singulares). Dessas, 20 são de Grão Vasco. Chamam atenção ainda o Cristo articulado (sec XIII) e um órgão que funciona (sec XVIII).
História

No museu da Igreja, uma imagem da cegonha e sabe o motivo? É o único animal que na falta de comida pros filhotes pica o próprio peito pra dar a carne a sua cria, lembrando o sacrifício de Cristo. Além do museu, a Praça da Catedral reúne a Varanda dos Cónegos, Torre de Menagem, Sé Catedral, Paço dos Três Escalões e a Igreja da Misericórdia. A imponente Sé de Viseu foi construída em estilo romântico-gótico, remonta aos séculos XII a XIV. Demorou muitos séculos para ser totalmente erguida.

A cidade de Viseu é pequena e bem charmosa. Reserve pelo menos algumas horinha pra bater perna pelas ruas do centrinho. Você vai encontrar lojas de souvenirs, monumentos históricos e restaurantes com delicioso cardápio e que vale a pena conhecer.
Centrinho: um charme!

Para almoçar por lá, indicamos o Muralha da Sé, que oferece comida bem portuguesa! Tem capacidade para 130 pessoas, funciona há 11 anos com a atual administração que recuperou o prédio que estava em ruínas.

O carro chefe da casa é a vitela assada à moda de lafões. Mas o menu é bem variado com muitos pratos à base de frutos do mar, carnes, etc. Também provamos um polvo delicioso! Horário: 12h – 14h30 e das 19h – 22h30. Fecha terça e domingo no jantar.
Aveiro

Essa cidade me encantou de cara! Daqueles lugares que a gente chega e já quer sair batendo perna e descobrindo tudo que o local oferece. Chegamos e já fomos direto pro passeio de barco pelos canais de água salgada pois trata-se de um braço de mar. É chamada de Veneza-Portuguesa!
Veneza-Portuguesa

São 45km de canais cortando a cidade. Neste passeio percorremos 4 dos 24 canais, sendo 8km ida e volta. Conhecemosa parte mais antiga e a parte mais moderna de Aveiro. Muitos dos barcos são os chamados moliceiros, embarcações que antigamente eram usadas pra transportar moliço, alga que servia de fertilizante agrícola.

O trajeto leva cerca de 45min. Paramos também para conhecer o processo de fabricação de sal. Cerca de 40 anos atrás haviam mais de 300 salinas e hoje são 6, usavam muito sal antes para conservação do bacalhau, hoje levados principalmente aos frigoríficos. Para mais informações: @aveiroemotions Custa: Adulto 15 euros | Criança 7 euros
E ainda: a pé ou de bike

Aveiro é daquelas cidades que dá pra gente conhecer também batendo muita perna ou circulando de bike. Por falar na magrela, olha que bacana: o local dispõe de um serviço de empréstimo de bike gratuita. É a BUGA, Bike de Utilização Gratuita de Aveiro. Basta deixar um documento pessoal na estação de bikes onde funciona uma sala administrativa do serviço e devolvê-la com pelo menos 15 minutos de antecedência do fechamento.
Arte Nova

Aveiro também se destaca por ser a nova Rota de Arte Nova. Foi denominada a capital Portuguesa da Cultura em 2024. E isso não é por acaso. São 28 edifícios de Arte Nova, então quem gosta de Arte já sabe que lá tem programação de sobra! A cidade também abriga muitos hotéis, restaurantes, lojas e shoppings.

Ovos-Moles
Não deixe de provar os famosos e irresistíveis ovos-moles, um doce criado nos ancestrais conventos femininos de Aveiro. Para além do sabor intenso, é a aparência que torna os ovos-moles de Aveiro um doce verdadeiramente peculiar. A proximidade da ria e os elementos do mar inspiraram as doceiras, que com o seu toque mágico criaram finas camadas de hóstia em forma
de conchas, búzios, peixes ou amêijoas para envolver a massa voluptuosa de cor dourada. Reserve pelo menos duas noites pra curtir bem a cidade.

Cais do Pescado
Não deixe de ir no restaurante Cais do Pescado. Com uma localização ímpar no colorido cais dos Mercantéis, em Aveiro, é ideal pra quem gosta de frutos do mar. Instalado num belo edifício histórico, tem ambiente requintado e acolhedor. A decoração foi inspirada nos elementos marinhos e chama atenção na entrada um aquário com lagostas enormes.

O menu oferece de entradinhas: polvo com purê de pimentos, mexilhão à espanhola, presunto pata negra, e muito mais. Tem sopas, mariscos, peixes, carnes e também opção para vegetarianos. Nas opções de peixe fazem sucesso o bacalhau no tacho, o ensopado de peixe, a caldeirada de peixe (muito bem servida). De sobremesa, delícias do cais.

Dia 06 – Ílhavo
Começamos pela Capela de Nossa Senhora da Penha de França, que faz parte do complexo Vista Alegre. Do século XVII, foi classificada Monumento Nacional, em 1910. No topo das Torres, cegonhas fizeram enormes ninhos e já são dezenas delas por lá.

No interior da capela destacam-se os azulejos seculares, as cúpulas e um dos mais luxuosos mausoléus da região: o túmulo do Bispo de Miranda, Manuel de Moura Manuel, reitor da Universidade de Coimbra. Em 1816, José Ferreira Pinto Basto, fundador da Vista Alegre, comprou a capela.
Referência

Em 1824, Sr. Basto fundou a Fábrica de porcelana Vista Alegre, operando uma revolução. Em 2024, a marca de prestígio mundial celebrou 200. Em Portugal, é comum as pessoas virarem os pratos, à mesa, para verificar se se trata de uma criação Vista Alegre. A marca pode ser encontrada nas casas reais europeias, na Casa Branca e também nas casas portuguesas de norte a sul do país.

Trouxe a Bola
A Vista Alegre desde o início destaca-se pelo projeto social com bairro dos trabalhadores, teatro, escola e a primeira corporação de bombeiros em Portugal. E olha que curioso: a família Pinto Basto foi responsável pela introdução do futebol em Portugal. De férias, mundo afora, eles conheceram a bola e logo adquiriram uma pra apresentá-la ao seu povo. Em 1915, foi fundado o Sporting Clube da Vista Alegre, que tem hoje mais de 400 atletas.
História
A nova família que assumiu o complexo transformou o antigo palácio em hotel. A fábrica conta com cerca de 700 trabalhadores e exporta porcelana pro mundo, nas linhas doméstica, decoração e hotelaria. O forno gigante exposto no museu é de 1930. De construção alemã, chegava a receber mil peças pra “cozedura”.

À mão
A fábrica tem hoje 16 pintores para peças à mão, vendidas com certificado e que chegam a custar 2.300 euros um prato; ou até 45 mil euros (armário revestido em azulejos). Levam até 3 semanas pra pintar cada peça. No atelier, o visitante pode comprar uma peça (de até 20 euros) e pintar pra se chamar de sua! O complexo conta com loja cheia de variedades.
Costa Nova

A cerca de 12 Km dali, chegamos a Praia da Costa Nova, a mais colorida de Portugal. O nome foi dado ao ser inaugurada a Barra da Lagoa de Aveiro, em 1808. O objetivo era separar da “costa velha” localizada na praia de São Jacinto, até então utilizada pelos pescadores.
Colorido
Ao longo do século XIX, os pescadores começaram a se deslocar para a Costa Nova já que lhes davam acesso mais fácil ao mar. Foi quando começaram a construir palheiros, armazéns e abrigos para marinheiros e barcos de pesca. Os palheiros são lindas casas dos pescadores pintadas com cores bem vivas e que se tornaram atrativo turístico na região.

Está sempre bem movimentado por lá e o local conta com hotéis, pousadas, hostels, restaurantes e lojas de souvenirs. No verão, é um dos destinos mais concorridos sem falar que é um lugar bem instagramável.
Clube de Vela
Este restaurante tem ambiente pra lá de marítimo, a começar pela fachada com cores e arquitetura típica das casas dos antigos pescadores. O ambiente é uma delícia, todo com vidro em volta e a vista para a água. Sem falar do menu que é variado e claro que o forte são os pratos à base de frutos do mar. De entradinha vale muito a pena pedir camarões salteados, são graúdos e saborosíssimos!

Tem ainda bolinho de bacalhau, mariscos, lula empanada, peixe frito, etc. Tem uma sobremesa que vem um pouco de tudo pra ninguém ficar de fora. Aliás, os pratos por lá são bem generosos. Vale a pena ir com bastante fome! O Clube de Vela funciona todos os dias, das 12h às 15h (almoço) e 19h às 23h (jantar).

Museu Marítimo
Se você gosta de ouvir uma boa história de pescador vai adorar o Museu Marítimo. E não desconfie da conversa porque aqui o assunto é contato baseado em relatos históricos, tudo com auxílio de fotos, objetos, réplicas fiéis aos barcos utilizados na pesca do bacalhau. É bem interessante!

Bacalhau
Desde 2001, os visitantes podem conhecer aqui como era feita a pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova e da Groelândia. As fainas da Ria e a diáspora dos naturais de Ílhavo ao longo do litoral português são as
referências patrimoniais do Museu. O edifício foi nomeado, em 2003, para o prémio para a Arquitectura Contemporânea da União Europeia/ Fundação Mies Van Der Rohe.

Conhecimento
Começamos a visita conhecendo a embarcação que é gigantesca, inclusive podemos entrar e ver todos os espaços como funcionavam. Depois, passamos por exposição de objetos como iscas, cordas, além de outros tipos de barcos. Também observamos uma infinidade de conchas com a identificação de onde elas são. Cada uma mais linda que a outra!

Aquário
E claro que no museu onde o Bacalhau é a grande estrela, não podia faltar o aquário com esses peixes não é mesmo? Em Portugal, ele é tão consumido no dia a dia que a população o trata como carne. Vale a pena conhecer as origens da história do bacalhau e o mais interessante é que muita gente pensa que ele é natural do mar português. Puro engano! O Bacalhau precisa de águas mais frias e por isso os pescadores de Portugal vão buscá-los na Noruega.

Curiosidades
Foi inclusive na Noruega e Islândia onde surgiram as primeiras fábricas de
processamento de bacalhau, no Sec IX. No entanto, foi no séc. XV que os Portugueses começaram a comercializar bacalhau, que salgado e seco conservava-se mais de três meses nas expedições marítimas, sem
perder proteínas ou nutrientes.

Comércio
Para ter essa conservação inclusive que Aveiro tinha mais de 300 salinas; após uso de frigoríficos existem atualmente apenas seis. Os Portugueses foram os primeiros a pescar bacalhau na Terra Nova, no séc. XV. Nesse tempo, o bacalhau representava já 10% do comércio de peixe em Portugal. Todos os anos, em agosto, a cidade de Ílhavo organiza o muito popular Festival do Bacalhau. Funciona de terça a sábado, das 10h às 13h e das 14h às 18h; e aos domingos, das 14h às 18h.Você pode visitar o Museu, o Centro de Religiosidade Marítima e o Navio Museu de forma individual ou integrada. Os preços vão de 2,50 a 9 euros (adulto).
Dia 07 – Passadiços do Paiva

Só digo uma coisa: é imperdível! Os passadiços do Paiva existem desde 2015, interligando pontos de observação do rio Paiva onde se praticam atividades como por exemplo o rafting. Como as pessoas paravam em determinados pontos para fazer a contemplação, criou-se um projeto muito maior e inovador de desenvolvimento turístico sustentável.
Percurso

São 8Km de trajeto todo em madeira, margeando o rio com cenário cinematográfico! Os Passadiços do Paiva estão localizados em Arouca, distrito de Aveiro. A caminhada é longa mas o percurso é rodeado de paisagens únicas, num autêntico santuário natural. O percurso estende-se desde as praias fluviais do Areinho e da Espiunca, situando-se entre elas a praia do Vau. Vale destacar também a riqueza geológica e arqueológica do lugar.

Em setembro de 2024, essa região sofreu um grande incêndio como em várias parte do país e 90% dos Passadiços foram destruídos pelo fogo. Hoje, tudo está recuperado e por isso a madeira em que caminhamos está bem clarinha, pois é nova. O percurso dura em média 2h30.
Ponte Arouca 516

Prepare-se! Agora vem a programação com nível de adrenalina mais alto de toda essa trip. Cruzar a Ponte Arouca 516, que como o próprio nome diz tem 516 metros de comprimento. Quando construída, em 2021, era a ponte suspensa mais comprida do mundo. Hoje ela é a terceira, ficando atrás apenas de uma construída na República Tcheca e outra na Espanha.
Números

A ponte está a 175m de altura do rio Paiva e a travessia dura cerca de 20 minutos. Algumas pessoas chegam a comprar o bilhete e depois de 5 passos, voltam e desistem da travessia. A construção da ponte levou 2 anos e meio. Custou cerca de 1,2 milhão de euros.

Arouca
A Vila Arouca é um charme só! Lugar pra você curtir pelo menos uma noite pra bater perna pelo centrinho, conhecer bares e restaurantes, super recomendo. Das curiosidades do lugar, não se pode construir nada mais alto que o Mosteiro. Foi ele que deu origem ao lugar. Data do século X e foi ampliado no século XVII.
Câmbio
Sobre a melhor forma de levar o euro, o especialista em câmbio Pedro Pragana, da Recife Câmbio, orienta que o viajante vá pro velho continente com uma parte do dinheiro em espécie para eventuais emergências e outra (maior) em cartão global Daycoval, que pode ser abastecido de acordo com sua necessidade. “É importante levar uma quantia em espécie por uma questão de segurança, lembro que recentemente houve apagão em alguns países da Europa e teve gente que não conseguia efetuar qualquer pagamento em cartão porque o sistema estava fora do ar”.

Seguro Viagem
Não embarque sem o Seguro Viagem, além dele ser um documento muitas vezes necessário para apresentação na imigração, é uma segurança que nos traz tranquilidade. Afinal, nossa saúde é o maior patrimônio não é mesmo? Para viajar com a paz que este destino merece, indicamos a Intermac, que há 25 anos atua no segmento. Vale lembrar que além da assistência médica e hospitalar, o Seguro Viagem também pode cobrir extravios de bagagem, atrasos de voos e muitos outros itens. Para a viagem não se tornar uma dor de cabeça com qualquer problema que venhamos a ter, a empresa conta com uma central de Assistência 24h. Com o Seguro Viagem tudo fica mais fácil!
Chip

Não dá pra viajar pra um lugar incrível como é Portugal sem se conectar com o mundo né? Até porque a gente quer dividir nossa experiência com os amigos, a família. Por isso, antes de embarcar garanti minha internet com o chip virtual da empresa OMEUCHIP que atua em mais de 210 países, oferecendo telefonia de viagem 5G e 4G. Confesso que foi a primeira vez que usei chip virtual, tinha um pouco de receio, mas foi super prático e funcionou muito bem. A empresa conta com time de suporte via Whatsapp 24h pra tirar qualquer dúvida.
*O jornalista viajou a convite da Azul Linhas Aéreas, do Visit Porto and North e do Porto Convention and Visitors Bureau
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