Ela é sem dúvida uma das grandes vozes deste país. Seu vozeirão ecoa preenchendo todos os espaços e chega aos nossos ouvidos como acalanto, canção de ninar, uma sonoridade de paz! A baiana Virgínia Rodrigues está lançando o sexto álbum Cada voz é uma mulher, que realmente merece ser visto numa grande turnê pelo Brasil. Neste disco, ela repete a parceria com Tiganá Santana, que começou no álbum Mama Kalunga (2015).
Internacional
Além de diretor artístico do disco, Tiganá assina juntamente com Leonardo Mendes a produção musical de Cada voz é uma mulher, trabalho que gira em torno da lusofonia feminina conectando as mulheres de vários países que falam a língua portuguesa, a exemplo do Brasil, Portugal, Moçambique, Cabo Verde e Angola. Virgínia nos recebeu após seu show no Auditório do Parque Ibirapuera para um bate papo descontraído no seu camarim.
África
Desses países que conectam seu novo trabalho ela diz que só conhece Portugal, onde esteve várias vezes. E que morre de vontade de cantar na África. “Estive apenas em Marrocos, mas tenho loucura por cantar na África”, conta. No Brasil, ela guarda São Paulo como um dos destinos mais queridos. “É onde mais canto, desde meu primeiro trabalho que esta cidade me recebe com muito carinho”, lembra.
Perguntei se nesses destinos todos ela consegue conciliar trabalho com lazer e se dá tempo de conhecer mais dos lugares por onde passa. Comprometida com sua voz (potente), ela afirmou que sempre que possível faz alguns passeios mas que, por exemplo, se estiver frio ela evita sair com medo de ficar rouca. Lançada por ninguém menos que o conterrâneo Caetano Veloso, ela afirma já ter percorrido uns 25 países com seus shows. “A diferença é que as pessoas lá fora vão ver o trabalha da pessoa sem saber quem ela. Vão pra conhecer. Aqui no Brasil, as pessoas só vão se alguém famoso disser que é bom”.
O mais mágico dessa história toda é que a música de Virgínia Rodrigues não tem fronteiras, ela simplesmente navega por todos os mares, sobrevoa ares mundo afora e emociona quem ouve. “A única língua que falo é o português, mas consigo levar sentimento às pessoas no exterior sem que elas entendam uma palavra do que canto. Isso é muito gratificante, elas entendem o que falo sem propriamente entender minha língua”. Em breve, toda essa conversa estará em nosso canal no Youtube, aguardem!
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