A viagem começa geralmente por Palmas, uma das portas de entrada para esse incrível lugar. Na capital, fiquei hospedado no Hotel Girassol Plaza. É preciso pernoitar na cidade pra sair logo cedo no dia seguinte. A estrada é longa mas feliz, vamos lá?
Primeiro dia:
Localizado na região leste do estado do Tocantins, o Parque Estadual do Jalapão recebe turistas o ano inteiro, a maioria deles vindos de São Paulo. De fora do país, são mais frequentes os argentinos, franceses e americanos. O tour é feito em veículos 4×4, pois só é possível chegar no parque com carro de tração nas quatro rodas. Os que se arriscam em carros menores costumam ficar pelo meio do caminho e precisam de uma ajudinha pra sair do atoleiro.
Como o parque é gigante, cerca de 1.600 km², o grupo vai conhecendo os atrativos da região aos poucos e o local de hospedagem vai mudando ao longo da expedição. O Jalapão pode ser visitado em qualquer época do ano, mas para quem não quer maior risco de chuva fuja dos meses de dezembro e janeiro. Mesmo assim, o guia assegura que não chove a ponto de estragar a viagem. Para os que querem mais conforto e rapidez no ir e vir até o parque, a agência Jalapão Selvagem dispõe de serviço com avião bimotor, com capacidade para levar até 5 pessoas. Nessa modalidade, a viagem entre Palmas e o Jalapão dura em torno de 50 minutos.
Claro que o mais comum é ir de carro mesmo. Uma das paradas é no Canyion de Sussuapara. Formado por enormes paredões, é um lugar ótimo para fazer fotos. De lá, fomos até o Rio Soninho, onde está uma cachoeira bem bacana pra fotos e perto dali uma área segura para banho, super relaxante. Água cristalina e corredeiras mais calmas no melhor estilo hidromassagem natural.
Para finalizar o primeiro dia com chave de ouro, visitamos a Pedra Furada, um dos principais pontos turísticos da região. Ao chegar no local, o turista já fica impressionado com o tamanho do paredão com seus “buracos” formados pelo vento. Bastam alguns passos e você já está circulando pela Pedra Furada, por baixo e por cima. É sem dúvida um dos lugares mais incríveis do Brasil quando se quer ver um inesquecível pôr do sol.
A expedição feita pela Jalapão Selvagem já inclui hospedagem e todas as alimentações, assim como as taxas de entrada dos atrativos. Com serviço diferenciado, a agência dispõe a seus participantes um ótimo serviço de bordo com frutas, barras de cereais, amendoins, água e sucos. Nossa primeira noite foi na Pousada Águas do Jalapão, que contava com ótima infra-estrutura para os turistas, com piscina, quartos espaçosos com ar condicionado e suíte. O café da manhã foi bem farto com frutas, pães, sucos.
Segundo dia:
Fomos até a Cachoeira da Velha, lá não é possível banhar-se, porém o local é excelente para fotos e possui uma plataforma de madeira que facilita o acesso. Em seguida nosso destino foi a Prainha do Rio Novo, onde ficamos por algumas horas para banho. A água praticamente parada e bem fria convida todos a relaxar. A faixa de areia é larga e por isso o local recebe o nome de Prainha.
O último passeio desse dia foi um dos visuais mais impressionantes de toda a viagem: as Dunas do Jalapão, onde seguimos pela trilha para subir os morros pelas “setinhas” indicadas nas placas, uma forma de mantê-lo fora do risco de desmoronamento. A subida não é muito cansativa e ainda que fosse valeria muito a pena o esforço, pois o visual é de perder o fôlego! De um lado, só areia dourada, do outro uma vereda com buritis (árvore típica da região).
Terceiro dia:
Mais emoções por um dos pontos mais famosos do passeio: os fervedouros! O Fervedouro da Ceiça ou do Bananal deixa seus visitantes impressionados com a pequena “piscina” natural, cercada de bananeiras e com uma água super cristalina, parece cenário de filme. Alguns passos adiante e chegamos a afundar meio corpo no fervedouro, sim meio corpo porque lá ninguém afunda. Ali brota água e a pressão faz com que ela suba levantando também uma areia super fina e branquinha que nos faz sentir como se estivéssemos andando nas nuvens ou no meio de areia movediça.
É uma sensação inusitada e divertida. Pena que neste local, devido à quantidade de pessoas que visitam, cada grupo de 6 pessoas permanece apenas por uns vinte minutinhos. Se não houver ninguém aguardando (pouco provável) você pode ficar mais tempo. O Jalapão abriga cerca de vinte fervedouros catalogados, sendo nove explorados pelo turismo.
Visitamos algumas lojinhas e centros de artesanatos, onde vendem os típicos artesanatos da região feitos com capim dourado. Isso mesmo! O Jalapão é tão incrível que até o capim por lá vale ouro e não é exagero. Já houve época em que o capim dourado era traficado para outras regiões tamanho é seu valor de negócio. Hoje, os artesãos contam com uma associação organizada e só podem colher o capim dourado as pessoas que são cadastradas.
O capim dourado é usado na confecção de uma infinidade de produtos, a maioria deles de casa ou bijus para a mulherada que fica “louca” ao encontrá-los à venda. São pulseiras, brincos, vasos, bolsas, cintos, mandalas, colares, entre outros.
E os preços são bem atrativos: vi brincos e porta jóias por R$ 10 e vasos por R$ 25. A principal característica do capim dourado é sua cor que lembra a do ouro. Essas peças são mundialmente conhecidas e vendidas inclusive em outros países. O Capim Dourado só pode ser colhido entre 20 de setembro e 20 de novembro para que não entre em extinção. Durante os passeios, é possível ver as plantações.
Chegamos então à Cachoeira da Formiga, não se espante que o local não é infestado desses insetos. Apesar de pequena, ela possui um grande volume de água em sua queda, formando um grande poço cristalino em meio às árvores: samambaias e palmeiras nativas da região. Ótimo lugar para mergulhar e dar algumas braçadas. Bem ao lado do poço para onde segue a corredeira há um tronco de margem à margem do rio onde vale a pena ficar sentado relaxando com a água corrente. É uma delícia!
Quarto dia:
Esse dia começou bem cedo. Parte do grupo acordou às 3h30 da madrugada para subir a Serra do Espírito Santo. Este passeio é opcional e o valor é acertado diretamente com o guia, mas já adianto que vale a pena pular da cama ainda no escuro. Deixamos o carro na estrada e seguimos com lanterna para iniciar a escalada por uma trilha que não é das mais fáceis. Há muita pedra e o percurso é bastante íngreme. Nessa puxada, temos um quilômetro morro acima. Leve água e barrinha de cereal para ajudar na disposição.
Depois, é só descer, mas engana-se quem pensa que pra descer todo santo ajuda. O esforço nos joelhos é maior na descida e confesso que os meus sentiram um pouco de dor. No final, pernas tremendo mas com recordações belíssimas!
Voltamos para o hotel, vale ressaltar que a hospedagem neste dia foi muito bacana, pois ficamos em pequenos chalés, com direito a cama de casal, ar condicionado, suíte e tudo bem “novinho”, a pousada tem pouco mais de um ano de inaugurada.Tomamos café com o restante do grupo e seguimos para a Cachoeira do Prata. Teve tempo ainda para visitar o Fervedouro Bela Vista, que possui a melhor infra-estrutura de todos, com plataforma de madeira para chegada até ele. É o maior fervedouro e para muitos o melhor, mas confesso que não sei opinar qual gostei mais. Todos são lindos! Cansou de fervedouro? Eu ainda não!
Visitamos ainda o Fervedouro do Alecrim, também pura diversão! O almoço foi bem perto deste último atrativo, num local super charmoso, com direito a redes, mesas e bancos embaixo de árvores e um cardápio super caprichado com frango assado, legumes na moranga, macaxeira, feijão preto, carne e docinhos de sobremesa. A hospitalidade do dono do local nem se fala, todos por lá são super atenciosos com os turistas, sabem realmente recebê-los.
Quinto dia:
No último dia dessa deliciosa aventura de passeios o grupo foi para a Jalapinha, uma cachoeira pequena ótima para banho. Não havia ninguém no local e era como se estivéssemos “em casa” com amigos. Seguimos pela estrada em direção ao Morro da Catedral, uma montanha onde a pedra tem uma fachada que lembra a de uma igreja, fizemos fotos da estrada mesmo e seguimos para o Morro Vermelho. Precisa reservar hotel pra sua viagem? Clique AQUI!
A próxima parada foi a Cachoeira Encantada, detalhe é que única agência que faz este passeio é a Jalapão Selvagem, devido ao difícil acesso mesmo de 4×4, as demais agências “fogem” do destino. O lugar é lindo, possui paredões gigantescos e uma cachoeira.
Ali encontrei um pequeno poço com correnteza de água que é uma verdadeira hidromassagem e foi a melhor de todas. Ficaria mais algumas horinhas por lá. Mas ainda tínhamos o mirante Sete Quedas para visitar e, claro, a volta para a cidade de Palmas. Vale destacar que para todos os passeios o carro 4×4 chegou bem perto dos atrativos, as trilhas e caminhadas são bem curtas, o que facilita a ida ao Jalapão mesmo de pessoas que possuam algum tipo de limitação.
Você pode programar todo esse passeio com a Jalapão Selvagem, que monta uma expedição personalizada para os grupos e o melhor: se você tiver grupo formado, pode até escolher a data do passeio. Tudo é acertado em comum acordo para que o turista seja atendido da melhor maneira. E o seguro viagem já está incluso ok?
Serviço:
Jalapão Selvagem
www.jalapaoselvagem.com
jalapaoselvagem@gmail.com
Fone: 63-84014222
* Esse passeio foi feito em parceria com a Jalapão Selvagem, porém as opiniões e impressões aqui relatadas são livres e pessoais. Aos leitores que mencionarem a indicação do Site Rota 1976, a agência oferece preço diferenciado.
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