Musical Aparecida é opção para Sexta-feira Santa e Páscoa, no Teatro Bradesco

Com um elenco de 33 artistas e 12 músicos, foram criadas 20 canções originais, dezenas de figurinos e cenários grandiosos, a superprodução musical para contar a história de Nossa Senhora Aparecida, um dos maiores símbolos de fé dos brasileiros há mais 300 anos, e cujo santuário recebe mais de 17 milhões de fiéis por ano.  Neste post vamos falar sobre o Musical Aparecida: opção para Sexta-feira Santa e Páscoa, no Teatro Bradesco.

Foto: Adriano Dória

“Nossa Senhora Aparecida faz parte do cotidiano de milhões de brasileiros. A fé, a coragem, e a solução de pequenos e grandes problemas vêm da devoção criada em torno de Aparecida. Acredito que mesmo quem não seja estritamente católico saberá respeitar o espetáculo que, além disso, teve uma concepção cênica e musical muito original”, comenta Walcyr Carrasco sobre os motivos que o levaram a escrever a obra. Além dos milagres conhecidos e outras passagens importantes, ele se inspirou em uma história contemporânea real para mostrar ao público um exemplo onde a crença proporciona as transformações humanas mais difíceis. “Eu estava em busca de um milagre atual, que reafirmasse a fé. Ao conhecer o casal que protagoniza a história, me entusiasmei, por não criar um espetáculo simplesmente histórico”, revela o dramaturgo.

Foto: Adriano Dória

Com grandes nomes do teatro musical brasileiro, o elenco é formado por Leandro Luna, Bruna Pazinato, Alessandra Vertamatti, Ana Araújo, André Torquato, Arthur Berges, Bernardo Berro, Cadu Batanero, Daniel Cabral, Ditto Leite, Edson Monttenegro, Frederico Reuter, Gigi Debei, Guilherme Pereira, Isa Castro, Isabel Barros, Joyce Cosmo, Keila Bueno, Lucas Nunes, Marcelo Vasquez, Maria Clara Manesco, Maysa Mundim, Maurício Xavier, Nábia Villela, Nay Fernandes, Nina Sato, Pamella Machado, Rafael Machado, Rubens Caribé, Talita Real, Tutu Morasi, Vandson Paiva e Ygor Zago.

O ENREDO

O ponto de partida da trama é a história do casal Caio (Leandro Luna), um advogado ambicioso e descrente, e sua esposa Clara (Bruna Pazinato), na São Paulo dos dias de hoje. Com a esperança de curar Caio, que perde a visão por causa do tratamento de um câncer, os jovens embarcam em uma jornada de descobrimento espiritual que culmina em uma ida até a basílica da Padroeira do Brasil.

Paralelamente, é narrada a história da pequena estátua de Nossa Senhora Aparecida, descoberta em 1717, mostrando a construção de seu culto, desde uma pequena capela em Itaguaçu (interior de São Paulo) até a moderna basílica na cidade de Aparecida.

Foto: Adriano Dória

São relembrados alguns dos milagres que estabeleceram a devoção da Santa: o “Milagre dos Peixes” (a história dos pescadores que não conseguiam nada em um rio e, depois de encontrarem a estátua em suas redes, são surpreendidos por uma enorme quantidade de peixes); o “Milagre das Velas” (um relato sobre as velas de um oratório da Santa que, ao se apagarem numa rajada de vento, misteriosamente se acendem sozinhas após alguns segundos); o “Milagre do Escravo Zacarias” (sobre um escravo foragido que, ao entrar numa capela de Nossa Senhora Aparecida fugindo de seu feitor, roga à Santa por sua liberdade e tem suas correntes rompidas de forma inexplicável); e o “Milagre do Cavaleiro Prepotente” (que conta como um descrente cavaleiro que pretendia invadir montado em seu cavalo uma igreja da Santa muda sua opinião depois que seu animal prende a pata na entrada do prédio).

O musical relembra também o atentado sofrido em 1978, quando um jovem perturbado quebra a estátua da Santa em mais de duzentos pedaços; a missa celebrada para reparar esse episódio, em cuja data se estabeleceu oficialmente o “Ato do Desagravo”; e a cuidadosa restauração feita no MASP – Museu de Arte de São Paulo. Depois de pronta, a imagem é levada em procissão por todo o Brasil, até voltar ao seu santuário, onde é recebida por milhares de devotos.

Foto: Adriano Dória

Depois de todas essas histórias, o musical finaliza com a visita de Caio e Clara ao Santuário de Aparecida, onde são tomados pela energia do local. Quando Caio oferece sua devoção à santa, outro milagre acontece e o espetáculo acaba em uma grande apoteose.

A ENCENAÇÃO

Para construir essa narrativa vibrante, o musical adota uma encenação bem moderna, cheia de efeitos especiais. Para a diretora e coreógrafa Fernanda Chamma, o trabalho explora bastante a interação do elenco com a cenografia. “Quero fazer uma encenação bem de vanguarda e moderna de acordo com as novas tendências do teatro musical. O cenário vai ser todo explorado pelo elenco, inclusive durante as canções e cenas. Como ele não é estático, o elenco vai desenhar as situações cênicas o tempo todo. Estou pedindo para a equipe criativa procurar uma mescla de emoção e ineditismo para criarmos um espetáculo gostoso e dinâmico, que atinja todos os tipos de público”, revela.

A coreografia, ainda segundo Chamma, procurará desconstruir o movimento. “Eu não vou dançar a história de Nossa Senhora Aparecida, vou contá-la através do movimento. Vamos usar uma movimentação cênica contemporânea, com muitas entradas e saídas dos atores não só nas coxias, mas em toda a cena, em todo o teatro. Para desconstruir esse movimento, foi preciso selecionar bailarinos com uma bagagem técnica enorme. O elenco está envolvido com a obra em praticamente todas as cenas”, acrescenta.

A história é contada a partir de 20 músicas originais, cujas letras foram compostas por Ricardo Severo a partir do texto de Walcyr, e as melodias e arranjos pelo diretor musical Carlos Bauzys. Elas serão interpretadas pelos 33 atores-cantores e 12 músicos. “A partir do texto do Walcyr, que se desenvolve em dois eixos dramatúrgicos que se confluem no final, propus manter uma parte das canções inspirada no melodrama e uma outra mais épica. Acho que um grande diferencial de nosso musical original está nas letras, que trazem um discurso mais próximo da estética da canção brasileira, e não tão direto como nos musicais com estética da Broadway. Todas as letras foram compostas a partir de uma pesquisa intensa que fiz sobre a história de Nossa Senhora Aparecida, de seus milagres, sua mitologia, e dos significados e mensagens por trás de cada momento”, explica Severo.

Os arranjos das músicas, de acordo com Bauzys, misturam sonoridades diferentes. “Como a própria figura da Nossa Senhora, que abrange a enorme riqueza de toda a cultura brasileira, as melodias e harmonias do espetáculo serão bem ecléticas. E como a história da Santa é muito apaixonante, cheia de aspectos culturais incríveis, isso é um prato cheio para a criação. Para as cenas mais urbanas, somos influenciados pela música pop; para as histórias dos milagres, adotamos um tom mais épico, mágico. Também temos bastante influência de diferentes gêneros da música brasileira e afro-brasileira, além da linguagem do próprio teatro musical”, antecipa o diretor musical.

Inspirada na arquitetura da Basílica de Aparecida, a cenografia mescla estruturas físicas grandiosas com projeções de vídeo mapeadas. Ao todo serão 23 mudanças de cenários, com 15 vídeos produzidos para o musical. “Para criar a cenografia, realizamos várias pesquisas ao longo de dois meses, em visitas aAparecida e aos acervos históricos da Basílica. Vamos recriar a atmosfera da sala de velas da Basílica de Aparecida por meio de cenografia e luz”, conta Richard Luiz, que já criou projeções para shows, musicais e outros tipos de evento e foi diretor de audiovisual da São Paulo Fashion Week por 18 anos.

Além dessa cenografia inovadora, o musical tem vários efeitos especiais e tecnológicos. Um deles, segundo Richard Luiz, é um cavalo em tamanho natural e todo articulado, produzido especialmente para a produção.  “Ele terá movimentos reais e será manipulado pelos atores, que precisarão passar por aulas para fazer essa manipulação”, revela.

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Texto: Walcyr Carrasco

Direção Artística e Coreografia: Fernanda Chamma

Músicas Originais, Arranjos e Direção Musical: Carlos Bauzys

Letras e Adaptação de Libreto: Ricardo Severo

Cenário e Projeções: Richard Luiz

Desenho de Luz: César de Ramires

Desenho de Som: Gabriel D’Angelo

Figurinos: Fábio Namatame

Visagismo: Rogério Pontes

Elenco: Leandro Luna (Caio), Bruna Pazinato (Clara), Alessandra Vertamatti (Faxineira/Cover Maria Helena), Ana Araújo (Princesa/Cover Romeira/Ensemble), André Torquato (Pescador 1/Cover Rogério/Ensemble), Arthur Berges (Rogério/Ensemble), Bernardo Berro (Pader Redentorista/Médico/Cover Padre Lino/Ensemble), Cadu Batanero (Cavaleiro/Pescador Cover 3/Ensemble), Daniel Cabral (Padre Redentorista/Cover Caio/Ensemble), Ditto Leite (Cover Pescador 1/Ensemble), Edson Monttenegro (Narrador/Ensemble), Frederico Reuter (Pader Lino/Ensemble), Gigi Debei (Estagiária Ensemble), Guilherme Pereira (DanceCaptain e Swing Masculino), Isa Castro (Estagiária Ensemble), Isabel Barros (Cover Romeira 3/Ensemble), Joyce Cosmo (Romeira 2/Ensemble), Keila Bueno (Cover Faxineira/Ensemble), Lucas Nunes (Cover Pescador 2/Ensemble), Marcelo Vasquez (Pescador 2/Ensemble), Maria Clara Manesco (Cover Romeira 2/Ensemble), Maurício Xavier (Zacharias/Ensemble), Maysa Mundim (Médica/Ensemble), Nábia Villela (Maria Helena/Ensemble), Nay Fernandes (Cover Médica/Ensemble), Nina Sato (Swing Feminino), Pamella Machado (Romeira 3/Cover Princesa/Ensemble), Rafael Machado (Cover Zacharias/Ensemble), Rubens Caribé (Feitor/Arcebispo/Cover Narrador/Ensemble), Talita Real (Romeira 1/Cover Clara/Ensemble), Tutu Morasi (Ensemble), Vandson Paiva (Pescador 3/Cover Feitor/Ensemble), Ygor Zago (Cover Cavaleiro/Ensemble).

Músicos: Rodolfo Schwenger (Piano e Sub de Regência), Ney Aguiar (Violino 1), Tiago Dias (Violino 2), Margareth Yahagi (Viola), Gabriel Vasco (Cello), Yuri Cayres (Violão, Guitarra e Viola Caipira), Gibson Freitas (Baixo Acústico e Elétrico), Diego Pereira (Percussão), Daniel Pascarelli (Bateria), Cristiano Carvalho (Reed 1 – Flautim, Flauta, Clarinete, Clarone e Sax Tenor), Chiquinho de Almeida (Reed 2 – Flautim, Flauta, Clarinete e Sax Alto) e Marisa Gurgel (Sub Pianista).

Serviço:

APARECIDA – Estreia 22 de março de 2019 no Teatro Bradesco.

Duração: 2hrs15min (prévia)

Classificação: Livre (menores de 12 anos acompanhados pelos pais)

Ingressos: R$ 75,00 a R$220,00 (com meia entrada).

Temporada: estreia 22 de março em curta temporada. Até 9 de junho

Sextas-feiras às 21h. Sábados às 16h e 21h. Domingos às 15h e 19h30.

TEATRO BRADESCO – Bourbon Shopping – Rua Palestra Itália, 500, loja 263 – 3° Piso, Perdizes. Bilheteria: domingo a quinta, das 12h às 20h; sexta e sábado, das 12h às 22h. Capacidade: 1439 lugares.

Informações: (11) 3670-4100.

Vendas em teatrobradescosp.uhuu.com/


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