Puerto Varas: como ir e o que fazer na cidade chilena que fica na região dos Lagos Andinos!

Belezas naturais estonteantes, clima frio mas não congelante e excelente infraestrutura com hotéis e restaurantes para atender bem ao turista. Este é o cenário pra quem chega a Puerto Varas, a cidade que tem cerca de 60 mil habitantes, na região dos lagos andinos, no norte da Patagônia. Acompanhe a gente também no Instagram, onde você pode receber várias dicas de viagem e conhecer paisagens incríveis! É só clicar AQUI!

Como Chegar

A gente começa este post contanto uma novidade das boas! Agora, a Latam conta com uma nova rota conectando Brasília a Santiago (Chile), e isso encurta o voo em 3 horas no tempo total, se comparado com a conexão quando feita em Guarulhos (São Paulo). Então capitais do Norte e Nordeste como Recife, Fortaleza, Salvador, João Pessoa, Belém e Manaus passam a se conectar de forma mais ágil para ir ao Chile ou Oceania via Latam. Para nosso translado aeroporto – hotel e passeios pela região contamos com o serviço da LStravelgroup. Na chegada, a hospedagem foi no charmoso Hotel Cumbres, que fica à beira do lago.

Paisagem

Puerto Varas está a 1 mil Km ao Sul de Santiago e foi fundada por alemães. Tem uma pegada bem parecida com destinos como Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul e vem sendo cada vez mais descoberta pelos brasileiros. Ao chegar, o visitante encontra uma cidade cheia de charme, à beira do lago Llanquihue, o segundo maior do país com 877Km e profundidade que chega a 345m. E de onde se pode observar impressionantes vulcões, a exemplo do Osorno e o Calbuco, este último teve sua última erupção em 2015. Num dia de céu limpo e sem nuvens ou neblina, é um verdadeiro espetáculo da Natureza. No vulcão Osorno funciona uma estação de esqui durante a temporada de inverno. Imagina então a vista lá de cima! Se liga que tem um tour que te leva até lá.

Dia 01 – Tour

Visitamos o Parque Vicente Perez Rosales, primeiro parque nacional do país desde 1926. Tem mais de 250 mil hectares e conta com trilhas, mirantes e um visual lindo! O acesso é super fácil e curtinho, cerca de 300m. As águas de lá têm uma cor mágica! Isso porque com o solo rico em minerais e no trajeto da água ela vai ganhando nova coloração. No parque estão estão os saltos do Rio Petrohué.

Por ser de fácil acesso, a trilha é apropriada também para pessoas com menos mobilidade. É impressionante ver da plataforma de observação o movimento das águas, sua cor turquesa, e a força que ela tem. Dá vontade de ficar horas olhando, mas passamos uns 15 a 20 minutinhos por lá. A entrada para o Parque custa 7 mil pesos para estrangeiros e 3,5 mil pesos para chilenos.

Peulla

Depois seguimos para o píer e navegamos de barco pelo Lago de Todos Los Santos com destino ao vilarejo Peulla, que tem atraído atenção dos visitantes por causa do cenário bucólico e tranquilo. No trajeto de 1h50, vimos montanhas e ainda mais de perto os vulcões Calbuco e o Puntiagudo. O Chile tem cerca de 2 mil vulcões, sendo 60 deles ativos, com altura média de 2 mil metros. O mais alto do mundo fica em Atacama e mede 7 mil metros de altura.

Lago de Todos os Santos

Este lago tem cor esmeralda por causa da riqueza mineral do lugar e também pela interferência das cinzas vulcânicas levadas pelas cascatas e corredeiras de água provenientes da chuva e do degelo. No caminho paramos para fazer fotos em frente a uma cachoeira alta mas com pouco volume de água.

E chegamos então a Peulla, onde continuamos a aventura com um tour de Safári. Num carro aberto observamos o vilarejo de apenas 45 pessoas que vivem ali. Tem um posto de saúde que funciona como “hospital” e uma escola que tá fechada porque não moram crianças na vila. Paramos numa fazendinha, onde vemos de perto animais como ema, veado, avestruz, etc. Podemos inclusive alimentar os bichinhos, que são dóceis.

Rio Negro

Cruzamos uma corredeira do Rio Negro, com baixo volume de água, e em poucos minutos descemos do carro para um pequeno passeio numa espécie de catamaran. Assim chegamos ainda mais perto da natureza local. Neste trajeto tivemos ainda a chance de ver um javali. Lá existem muitos, aliás devem ser mais numerosos que os moradores da vila. Observamos a vegetação, a paisagem, fazemos uns minutos de silêncio pra escutar só a natureza e voltamos ao carro.

Almoçamos no hotel Natura Patagônia e retornamos à cidade. A Villa de Peulla merece a visita pela peculiaridade e beleza exuberante a sua volta. O Tour de Barco custa 29 mil pesos desde o Parque Nacional ou 34 mil pesos desde Puerto Varas; já o Safári custa 22 mil pesos. Nosso jantar foi no restaurante do charmoso hotel AWA.

Dia 02 – Águas Termais

Outro tour muito bacana é a visita ao Termas del Sol. Um passeio naquele modo on que a gente parece que tá off. É relax total. O local é simplesmente um paraíso pra quem quer se conectar com a natureza. São 10 piscinas com águas termais provenientes dos vulcões, com temperaturas que variam entre 36 a 45 graus. Uma delas tem temperatura fria (12 graus) para equilibrar o corpo na saída das termais.

Hidrate-se

Aconselha-se entrar nas piscinas de forma progressiva no quesito temperatura e que o visitante passe cerca de 20 min em cada uma para adaptação do corpo. Entrar direto numa piscina muito quente pode causar tontura e até desmaio. Outra informação importante é que a pessoa se hidrate muito. É possível beber nas bicas junto às piscinas que são potáveis. A água termal é vulcânica e por ser quente ela abre os poros, com isso dá passagem para os minerais que atuam absorvendo muita água, por isso tem que hidratar-se com frequência. As águas das piscinas termais saem do subterrâneo (120m) a uma temperatura de 65 graus, mas calma! Existe um controle para equilíbrio das piscinas manterem a temperatura indicada. Tudo medido com termômetro e fiscalizado pela equipe.

Infra

Localizadas na Vila de Cochamó, as piscinas do Termas del Sol são de pedra, com vistas excepcionais. É um verdadeiro spa em meio às montanhas. Conta com excelente infraestrutura de banheiros, vestiários, há armários disponíveis e ainda roupão e toalha. O espaço tem um restaurante com menu delicioso, pizzas, sanduíche, saladas, e sobremesas. Tem limitação de público (quantidade) e é tudo muito organizado. Para este tour, o custo é de 35 mil pesos (Transfer partindo de Puerto Varas) | A entrada no Termas del Sol custa 32 mil pesos, funciona das 10h30 às 20h. A rede hoteleira de Puerto Varas é bem ampla e nos hospedamos ainda no Radisson Hotel que também tem vista pro lago. Pra jantar, fomos ao restaurante do Hotel Bella Vista.

Dia 03 – Frutillar

Neste dia, fizemos um passeio de bate e volta até a cidade Frutillar, que fica a 20 min de Puerto Varas. O local é bem charmoso e mantém as tradições e arquitetura dos imigrantes e colonos do sul do Chile, os alemães, sem deixar de de lado a cultura local. Tem 25 mil habitantes, sendo 12 mil deles vivendo próximo à beira do lago, que usam no verão como praia. A areia é escura porque é proveniente de material vulcânico.

Musicalidade

Nosso primeiro programa na cidade foi conhecer uma casa colonial bem charmosa e cheia de boas histórias, onde vive o casal Daniel (canadense) e Fabíola (venezuelana). Eles fazem um trabalho lindo de experiência musical. A casa funciona como um laboratório de música. Tocam vários instrumentos e proporcionam uma verdadeira imersão musical. Para os que quiserem algo mais profundo na arte de tocar, a casa também funciona como hotel boutique: @camp_musicaustral.

Hot Tubs

Depois fomos ao maravilhoso @cancaguachile que oferece muitas experiências em meio à natureza, desde meditação, ioga, massagens e horinhas relaxantes nas “hot tubs”, as piscinas ou cubos termais. A temperatura varia entre 38 e 41 graus. O visitante fica 2h30 numa das seis unidades, todas com muita natureza em volta. Eles servem drinques, sucos, tábua de frios, etc.

Teatro do Lago

Almoçamos no maravilhoso @restaurant_asado_patagon uma comida bem típica: lomo vetado (carne deliciosa) e papas fritas. O restaurante funciona na uma área rural com ambientação bem rústica. Conhecemos ainda o Teatro del Lago que é um espaço monumental e tem acústica impecável, onde se apresentam também artistas internacionais. Frutillar é uma cidade super musical, por influência de seus colonizadores. O destaque é para a música clássica. Em vários locais há símbolos de sua musicalidade, a exemplo do piano na beira do lago. Finalizamos o dia num chá da tarde no tradicional restaurante @elclubalemandefrutillar

Dia 04 – Walcking Tour

No último dia em Puerto Varas, fizemos o Walcking Tour pela cidade, com guia da agência Turistour. Chama atenção a arquitetura tradicional de estilo alemão que caracteriza a cidade e reflete o seu passado colonial. Entre os pontos visitados, estão a Igreja Sagrado Coração de Jesus, construída no início do século XX e várias casas chamadas patrimoniais.

Esses imóveis são chamados assim por pertencerem a famílias tradicionais, que tem obrigação de preservá-las. Em muitas delas existem placas com nomes das respectivas famílias. E como os filhos foram casando e saindo de casa muitos desses imóveis se tornaram pousadas.

Monte

Visitamos ainda o Monte do Calvário, uma espécie de santuário cheio de verde e onde há um mirante com vista da cidade e do lago. Lá, é feita a encenação da via crúcis durante a Semana Santa. O comércio por lá abre por volta das 9h / 10h e também fecha mais tarde, umas 20h /21h.

Vale lembrar

Puerto Varas é um destino que conta com intensa programação seja no inverno ou no verão. Se num período a gente tem o friozinho que combina com uma lareira, no outro a gente conta com atividades como rafiting, tirolesa, e muitos outros esportes de aventura. No quesito gastronomia, não deixe de provar o salmão proveniente do lago, afinal Puerto Varas está localizada na região que é a maior produtora de salmão “in natura” do Chile. O preços de comida no país, de uma forma geral, é pelo menos 30% mais caro que no Brasil. Por outro lado, pra quem gosta de vinho se liga que o país produz vinhos de altíssima qualidade e com preços bem mais em conta que os nossos.

Melhor Época

Vale lembrar que o clima por lá é uma caixinha de surpresa e em tempos de mudanças climática então, nunca se sabe quando o vulcão estará “descortinado” pelas nuvens. Puerto Varas registra chuva em 220 dias por ano. Nesta trip, vi os vulcões num dia de muito sol e céu limpo, com 100% de visibilidade. Depois, ele não apareceu mais assim. E embora tenha ido em período tido como chuvoso, a chuva apareceu bem discretamente e apenas à noite. Dei sorte! Oficialmente o verão vai de dezembro a março com temperaturas que variam entre 14 e pouco mais de 20. No inverno, que vai de junho a setembro, costuma variar entre 7 e -2 graus.

Dicas

Não se esqueça do seu Seguro Viagem, é fundamental estar protegido principalmente estando em outro país que não o seu de origem. Para este tour, contei com a Real Seguro Viagem, que é a primeira comparadora de seguros do Brasil. A empresa compara os planos das melhores seguradoras e lista de acordo com seu destino e necessidades.

E para esta viagem, qual moeda levar? Conversamos com o especialista Pedro Pragana, da Recife Câmbio, e ele aconselha que o viajante leve uma pequena parte em peso chileno para para uso logo que chegar ao aeroporto, caso precise pagar um transporte ou chip de celular. E o restante leve em dólar para lá no Chile trocar por peso, que fica menos oneroso. Por causa da importação da moeda é mais caro comprar peso no Brasil. “Levando dólar, o turista troca a moeda numa casa confiável pelo peso chileno e tem um ganho médio de 20 a 30%”, orienta o especialista.

*o jornalista Fabiano Antunes viajou a Puerto Varas, no Chile, partindo de Brasília (nova rota da Latam Brasil e de Santiago seguiu até Puerto Montt (onde está o aeroporto da região), à convite da LATAMbrasil, ChileTravel e Fedetur.


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